02 Abril, 2006

Diagnostico genetico da leishmaniose

O processo que faz a diferenciação entre os parasitas Leishmania guyanensis e Leishmania braziliensis para especificar por qual deles o indivíduo foi contaminado, foi desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA.

Segundo Alexander Sibajev, pesquisador da Coordenação de Pesquisas em Ciências da Saúde (CPCS) do Inpa, o novo método permite fazer um diagnóstico preciso para incluir condutas terapêuticas dirigidas ao tipo de parasita que causou a doença.

A leishmaniose é transmitida pela picada de flebotomíneos, hospedeiros do parasita leishmânia. O inseto se contamina ao sugar o sangue de mamíferos infectados e, ao picar uma pessoa sadia, o flebótomo injeta secreção salivar com as leishmânias. A forma tegumentar da doença atinge as mucosas do corpo e causa lesões na pele, enquanto a leishmaniose visceral ataca o fígado humano e pode levar o indivíduo à morte.

O novo método, utilizando a técnica de PCR, é capaz de identificar a espécie responsável pela contaminação com uma precisão de mais de 90%. O DNA da Leishmania guyanensis é extraído do sangue do indivíduo infectado para que seja feita a diferenciação das outras espécies do parasita. Até então, para a diferenciação entre a Leishmania guyanensis e a Leishmania braziliensis analisava-se os sintomas e a evolução clínica do paciente.

Fonte Agencia Fapesp